São poucos os monumentos que homenageiam mulheres como personalidades no Rio de Janeiro, mas as obras que representam a mulher como mãe –excluindo as de caráter religioso – são em número expressivo.
A primeira escultura pública com essa temática na cidade é de 1943, de autoria de Celso Antônio. Foi instalada na Praia de Botafogo em 1952, apesar de ter sido criada para ornar o prédio do Palácio Capanema.
A “Maternidade” tem estilo moderno e apresenta a mulher semideitada com uma criança no colo dormindo. Sua fisionomia mestiça, com um suave sorriso e um olhar meigo direcionado à criança, expressa o afeto.
A escultura “Mãe”, instalada no bairro de Madureira em 1968, é outra obra inspirada na relação de afeto materno. Doada à cidade pela Associação Comercial de Madureira, nas comemorações do Dia das Mães daquele ano, permanece em exposição pública, enaltecendo a data.
Outra obra que expressa o mesmo afeto chama-se “Amor Materno”, de João Jacó Paraná. Está instalada em frente ao Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, na Praia de Botafogo. Foi inaugurada em 1971.
Na escultura de Romeu Alves, “Maternidade”, de 1979, mãe e filho estão entrelaçados, numa representação de envolvimento e ligação. Situada no Parque da Catacumba, a peça pertence ao conjunto das obras públicas contemporâneas da cidade.
Finalmente, nos anos 1990, foi instalada a escultura naïf da “Mãe Preta” no bairro de Inhoaíba, representando a Tia Maria Quirina, figura típica do período de escravidão brasileira, conhecida como a Tia Maria do Sul de Minas, a escrava cortadeira de cana, que veio para o Rio de Janeiro para ser ama de leite. Nessa singela escultura, a criança está sentada no colo, protegida.
Na frente do monumento havia um local para depositar o cartão para posteriormente ser enviado a mãe que morasse distante. Para as mães falecidas havia um local para depositar flores, que seriam colocadas em túmulos sem o nome nos cemitérios da cidade.
O idealizador foi Alfredo Pessoa, Diretor da Secretaria de Turismo da Prefeitura na época. O monumento teve grande visitação no dia dedicado a mãe na Praça Marechal Floriano, Cinelândia.
Arquivo Nacional