A área que hoje conhecemos como Bairro Peixoto, em sua origem pertencia à chácara do comerciante e comendador português Paulo Felisberto Peixoto da Fonseca. Como não possuía descendentes diretos, ainda em vida dividiu suas terras entre cinco instituições de caridade: Associação Asilo São Luís para a Velhice Desamparada, Sociedade Portuguesa Caixa de Socorros D. Pedro V, Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro, Casa dos Expostos e Hospital Nossa Senhora das Dores. Como condição determinou que os empreendimentos para o local não contemplariam estabelecimentos comerciais e não poderiam ter mais de três pavimentos. Esta última exigência seria alterada, pelo Prefeito Mendes de Moraes (1947-1951), para quatro andares.
A parte do terreno destinada à praça, com base na doação do Comendador de 15 de Junho de 1938, foi delimitada em 15 de dezembro de 1942 e se tornou logradouro publico em 1945.
No singelo monumento de granito bruto, foram instaladas duas peças em bronze. A primeira com a efígie do Comendador e a outra, numa placa alusiva às suas doações, consta a seguinte inscrição: Para a cidade um bairro; Para a criança um lar; Para o doente um leito e Para o velho uma casa.
Muito recentemente, em novembro de 2013, a partir da observação de Andre Decourt, morador do Bairro Peixoto, foram realizadas intervenções no terreno próximo ao pedestal, a fim de comprovar que na lateral do marco havia originalmente uma fonte de água. E realmente, as escavações levaram à tubulação de chumbo que alimentava a fonte.
Os cortes na pedra e os orifícios de saída da água estavam completamente obstruídos por cera de velas porque durante muitos anos o monumento serviu para orações.
A descoberta dessa pequena fonte junto ao marco, resgata a história do bairro e do seu benemérito, que com sua exigência na doação reservou uma área bucólica em plena Copacabana, reconhecida e protegida como Área de Proteção Ambiental da Cidade pelo Decreto 9226 de 13 de março de 1990.